ROBERTO MONTEIRO PINHO
Digital Analys-influencer
Perda de aceitação popular se tornou a zona cinzenta do governo Bolsonaro
O Centrão, mais do que o ex-presidente Michel Temer fez para arrefecer as ranhuras entre o executivo, legislativo e judiciário e se tornou o meio campo da estabilidade política do presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido), é o avalista do governo federal. No front está a forte ordem de comando, das forças armadas.
Instalados em postos-chave
de sua gestão, na Casa Civil, Secretaria de Governo, Comunicações e Cidadania,
os indicados do Centrão e dos militares, dão as cartas a partir das pautas do
Congresso.
Pesquisa do instituto ModalMais/AP Exata
Os
analistas do ModalMais/AP Exata divulgaram a Pesquisa Semanal com os
internautas para saber qual a opinião o Governo de Jair Bolsonaro. A pesquisa
foi realizada entre os dias 13 de setembro a 17 de setembro. A inteligência
Artificial da AP Exata, que contabiliza os números, recebeu um novo treinamento
esta semana, baseado na média das últimas pesquisas eleitorais.
O
Governo mantém um índice alto de reprovação. A semana foi agitada por notícias
políticas e econômicas, provocando queda da popularidade. Na sexta-feira,
segundo dados da inteligência artificial da AP Exata, o percentual de pessoas
que avaliam a gestão como Ruim/Péssima é de 49,4%.
Reprovação
São
27,9% que consideram o Governo Bom/Ótimo. São 22,7% que avaliam como Regular. O
índice de reprovação do Governo Bolsonaro mantém percentuais próximos aos
50%. Em relação à semana passada, houve pequenas variações decimais, o
que revela um quadro de estabilidade dos números, apesar dos acontecimentos
políticos que têm marcado o mês de setembro. Isso revela uma cristalização em
torno das bolhas tanto do apoio, quanto da oposição ao PR.
Alkcmin lidera pesquisa para o governo de São Paulo
A pesquisa divulgada pelo Datafolha
no domingo (29) aponta Geraldo
Alckmin (PSDB) liderando a corrida eleitoral para o governo de São
Paulo em 2022, seguido de Fernando
Haddad (PT), que está na segunda colocação. Segundo o instituto, o
ex-governador de São Paulo tem 26% das intenções de voto. Fernando Haddad, por
sua vez, tem 17% das intenções. O terceiro candidato mais cotado pelo Datafolha
é o ex-governador Márcio França (PSB),
com 15%, seguido por Guilherme Boulos (PSOL) com 11%.
Tarcísio de
Freitas (sem partido)
e Arthur do Val (Patriota)
estão empatados com 4% das intenções de voto. Abraham Weintraub (sem partido) divide a última colocação
com Vinicius Poit (Novo),
ambos com 1% das intenções. O Datafolha aponta que 17% dos entrevistados
responderam que devem votar nulo ou branco. A pesquisa foi realizada na última
semana, ouvindo 2.034 pessoas de 16 anos ou mais em 70 cidades do estado.
Reforma
administrativa é adiada após pressão de servidores públicos
O
presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), decidiu adiar a
votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma
administrativa para a próxima terça-feira (21). O texto, que defende a
mudança da relação de trabalho entre a União e os servidores públicos, ainda é
alvo de críticas por parte de congressistas.
As
alterações feitas pelo relator da PEC, deputado Arthur Maia (DEM-BA), deixaram
o clima desfavorável para a aprovação do projeto na Casa. Na última
quarta-feira (15), ele afirmou que estava negociando mudanças em seu
relatório com deputados da oposição, da bancada da segurança pública e
senadores, discutidas na comissão especial.
Entre os pontos
mais criticados pelos parlamentares contrários à reforma administrativa estavam
a ampliação de contratos temporários, os instrumentos de cooperação com a
iniciativa privada, a possibilidade de reduzir em 25% a jornada e o salário de
servidores públicos e a demissão de ocupantes de cargos obsoletos.
MP 1040/21 para simplificar abertura de
empresas
A
Câmara dos Deputados rejeitou as emendas do Senado e manteve o texto dos
deputados para a Medida Provisória 1040/21, que elimina exigências e simplifica
a abertura e o funcionamento de empresas, buscando melhorar o chamado “ambiente
de negócios”. Uma das inovações é a emissão automática, sem avaliação humana,
de licenças e alvarás de funcionamento para atividades consideradas de risco
médio. Enquanto estados, Distrito Federal e municípios não enviarem suas
classificações para uma rede integrada, valerá a classificação federal.
Pelo texto do relator,
deputado Marco BertaiolIi (PSD-SP), em vez da validade indeterminada prevista
no texto original da MP, as licenças e alvarás serão válidos enquanto atendidas
as condições e requisitos de sua emissão.
Viabilizando...
Bertaiolli recomendou a
rejeição de todas as mudanças propostas pelos senadores, posição seguida pelos
partidos com poucas exceções. “Nenhuma das mudanças parece oportuna, como a
volta da discussão sobre subsídios cruzados entre consumidores de energia
elétrica ou exclusões propostas pelo Senado como sendo inconstitucionais”,
explicou o relator.
Lista do comitê gestor da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da
Legalização de Empresas e Negócios (Redesim) classifica em médio risco, no
âmbito federal, atividades como comércio atacadista de vários tipos de
alimentos de origem vegetal e animal; hotéis; motéis; transporte de cargas de
produtos não sujeitos à vigilância sanitária; educação infantil; ou atividades
médicas sem procedimentos invasivos. A plataforma tecnológica da Redesim poderá
abranger também produtos artesanais e obras de construção civil. Fonte: Agência Câmara de
Notícias
Grupo pró-Trump promove manifestação
A polícia superou em muito os manifestantes em
torno do Capitólio dos Estados Unidos no sábado (18/09), em um comício com
baixa adesão promovido por apoiadores das pessoas que invadiram o prédio em 6
de janeiro em uma tentativa de reverter a derrota do então presidente Donald
Trump nas eleições. Cerca de 100 a 200 manifestantes compareceram, alguns
carregando as bandeiras do grupo de direita Three Percenters sobre os ombros.
Foi muito menos do que as 700 pessoas que os organizadores esperavam e dos
milhares que trouxeram o caos ao Capitólio em 6 de janeiro.
Fraude
eleitoral...
Centenas de oficiais patrulhavam os terrenos do
Capitólio e uma cerca preta de 2,5 m de altura que cercou o edifício por cerca
de seis meses após o ataque foi reinstalada em antecipação ao evento. Cem
soldados da Guarda Nacional estavam de prontidão. Como parte de um esforço de
alguns dos apoiadores de extrema direita de Trump para reescrever a história do
ataque mortal da multidão ao Capitólio que foi capturado em vídeo, orador após
orador insistiu que centenas de manifestantes presos naquele dia eram
"prisioneiros políticos".
Promotores e especialistas jurídicos afirmam que os
casos estão sendo tratados de maneira adequada "Trata-se de justiça e
tratamento desigual", disse Matt Braynard,
organizador de manifestação e defensor das falsas
alegações de Trump de que sua derrota eleitoral foi resultado de uma fraude
generalizada.
O bom direito
A presença de corpo estranho
em alimento industrializado viola a razoável expectativa de segurança do
produto e expõe o consumidor a riscos concretos em nível excedente ao
socialmente tolerável. Assim, há o dever de reparar por danos morais. Nesta
linha decisória, a 2ª Seção do STJ deu provimento ao recurso especial ajuizado
por um consumidor que comprou quatro pacotes de arroz e, ao abri-los, constatou
a presença de fungos filamentosos e esporos, insetos vivos e mortos, e ácaros.
O produto não chegou a ser
consumido. Mesmo assim, o consumidor deverá ser indenizado em R$ 23,50 pelos
danos materiais (valor do cereal adquirido) e outros R$ 5 mil pelos danos
morais (cujo pedido reparatório era de R$ 37,5 mil). O caso é paulista e os
réus são o Supermercado Veran e a Camil Alimentos S.A. (REsp nº 1.899.304).
Dólar
O
dólar ganhou força sobre o real na sexta-feira (17/09). A aversão ao risco foi
mantida nos principais mercados acionários e acabou por valorizar a divisa
sobre, que mais uma vez ficou abaixo das demais emergentes. Na semana, a
valorização do dólar foi de 0,28%.
As
incertezas políticas, os atrasos nas reformas, a questão dos precatórios e,
principalmente, a mudança na cobrança do Imposto sobre Operações de Crédito,
Câmbio e Seguro – IOF de 20 de setembro a até o dia 31 de dezembro ficaram no
radar. A ideia do Governo Federal é subsidiar o Auxílio Brasil, programa que
substitui o Bolsa Família. Ao final, no interbancário, o dólar fechou em alta
de 0,33% aos R$5,282 para a venda. O turismo subiu 0,13% aos R$5,450 para a
venda.
Ibovespa
O
Ibovespa volta para um dos piores patamares do ano na sexta-feira (17/09). O
investidor segue digerindo o ambiente doméstico, com as medidas do Governo Federal
para aumento de impostos nas transações financeiras. Pesam também as incertezas
quanto aos precatórios, o montante obtido na cobrança de IOF para o programa
Auxílio Brasil, entre outras.
A
cautela na China, com o setor de infraestrutura contaminado pela crise
financeira da China Evergrande, também está pesando no sentimento do investidor
por aqui. Entre as ações com as maiores quedas estão a Vale, Petrobras, Azul,
Gerdau, Suzano, CSN, Usiminas, Braskem e Embraer. Os preços das commodities
também estão operando no negativo. Os preços do minério de ferro voltaram a
cair na China e quase rompendo os US$100,00 a tonelada seca. Nesta quinta-feira
(16/09), o governo chinês sinalizou usar as reservas.
Wall Street
A
bolsa de Nova York opera em queda na sexta-feira (17/09), com os investidores
ainda analisando os dados econômicos apresentados ao longo da semana. O Federal
Reserve permanece no foco central. O Dow Jones caía 0,64% aos 34.563. O S&P
estava em queda de 0,79% aos 4.438. O Nasdaq caía 1,07% aos 15.021. O dia
também foi de “quadruple witching” em Wall Street, em que as opções de ações
individuais e futuros, e opções de índice e futuros, vencem no mesmo dia.
O
mercado está digerindo ainda os indicadores econômicos divulgados recentemente,
como as vendas no varejo avançando em agosto e revelando que os consumidores
estão animados, mesmo com a pandemia de coronavírus. Esse fortalecimento
ofuscou o aumento dos pedidos iniciais de auxílio- desemprego na semana
passada, que mesmo com a alta de 20 mil para 332 mil está perto do nível
pré-pandêmico (fevereiro de 2020).
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Por: Roberto Monteiro
Pinho - jornalista, escritor e presidente da Associação Nacional e
Internacional de Imprensa - ANI.