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domingo, 19 de setembro de 2021

ROBERTO MONTEIRO PINHO

Digital Analys-influencer

 ANÁLISE & POLÍTICA

Perda de aceitação popular se tornou a zona cinzenta do governo Bolsonaro

O Centrão, mais do que o ex-presidente Michel Temer fez para arrefecer as ranhuras entre o executivo, legislativo e judiciário e se tornou o meio campo da estabilidade política do presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido), é o avalista do governo federal.  No front está a forte ordem de comando, das forças armadas.

Instalados em postos-chave de sua gestão, na Casa Civil, Secretaria de Governo, Comunicações e Cidadania, os indicados do Centrão e dos militares, dão as cartas a partir das pautas do Congresso.

Pesquisa do instituto ModalMais/AP Exata

 

Os analistas do ModalMais/AP Exata divulgaram a Pesquisa Semanal com os internautas para saber qual a opinião o Governo de Jair Bolsonaro. A pesquisa foi realizada entre os dias 13 de setembro a 17 de setembro. A inteligência Artificial da AP Exata, que contabiliza os números, recebeu um novo treinamento esta semana, baseado na média das últimas pesquisas eleitorais.

 

O Governo mantém um índice alto de reprovação. A semana foi agitada por notícias políticas e econômicas, provocando queda da popularidade. Na sexta-feira, segundo dados da inteligência artificial da AP Exata, o percentual de pessoas que avaliam a gestão como Ruim/Péssima é de 49,4%.

 

Reprovação

 

São 27,9% que consideram o Governo Bom/Ótimo. São 22,7% que avaliam como Regular. O índice de reprovação do Governo Bolsonaro mantém percentuais próximos aos 50%.  Em relação à semana passada, houve pequenas variações decimais, o que revela um quadro de estabilidade dos números, apesar dos acontecimentos políticos que têm marcado o mês de setembro. Isso revela uma cristalização em torno das bolhas tanto do apoio, quanto da oposição ao PR.


Alkcmin lidera pesquisa para o governo de São Paulo

A pesquisa divulgada pelo Datafolha no domingo (29) aponta Geraldo Alckmin (PSDB) liderando a corrida eleitoral para o governo de São Paulo em 2022, seguido de Fernando Haddad (PT), que está na segunda colocação. Segundo o instituto, o ex-governador de São Paulo tem 26% das intenções de voto. Fernando Haddad, por sua vez, tem 17% das intenções. O terceiro candidato mais cotado pelo Datafolha é o ex-governador Márcio França (PSB), com 15%, seguido por Guilherme Boulos (PSOL) com 11%.

Tarcísio de Freitas (sem partido) e Arthur do Val (Patriota) estão empatados com 4% das intenções de voto. Abraham Weintraub (sem partido) divide a última colocação com Vinicius Poit (Novo), ambos com 1% das intenções. O Datafolha aponta que 17% dos entrevistados responderam que devem votar nulo ou branco. A pesquisa foi realizada na última semana, ouvindo 2.034 pessoas de 16 anos ou mais em 70 cidades do estado. 

Reforma administrativa é adiada após pressão de servidores públicos

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), decidiu adiar a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma administrativa para a próxima terça-feira (21). O texto, que defende a mudança da relação de trabalho entre a União e os servidores públicos, ainda é alvo de críticas por parte de congressistas. 

As alterações feitas pelo relator da PEC, deputado Arthur Maia (DEM-BA), deixaram o clima desfavorável para a aprovação do projeto na Casa. Na última quarta-feira (15), ele afirmou que estava negociando mudanças em seu relatório com deputados da oposição, da bancada da segurança pública e senadores, discutidas na comissão especial. 

Entre os pontos mais criticados pelos parlamentares contrários à reforma administrativa estavam a ampliação de contratos temporários, os instrumentos de cooperação com a iniciativa privada, a possibilidade de reduzir em 25% a jornada e o salário de servidores públicos e a demissão de ocupantes de cargos obsoletos.

MP 1040/21 para simplificar abertura de empresas

A Câmara dos Deputados rejeitou as emendas do Senado e manteve o texto dos deputados para a Medida Provisória 1040/21, que elimina exigências e simplifica a abertura e o funcionamento de empresas, buscando melhorar o chamado “ambiente de negócios”. Uma das inovações é a emissão automática, sem avaliação humana, de licenças e alvarás de funcionamento para atividades consideradas de risco médio. Enquanto estados, Distrito Federal e municípios não enviarem suas classificações para uma rede integrada, valerá a classificação federal.

Pelo texto do relator, deputado Marco BertaiolIi (PSD-SP), em vez da validade indeterminada prevista no texto original da MP, as licenças e alvarás serão válidos enquanto atendidas as condições e requisitos de sua emissão.

 

Viabilizando...

 

Bertaiolli recomendou a rejeição de todas as mudanças propostas pelos senadores, posição seguida pelos partidos com poucas exceções. “Nenhuma das mudanças parece oportuna, como a volta da discussão sobre subsídios cruzados entre consumidores de energia elétrica ou exclusões propostas pelo Senado como sendo inconstitucionais”, explicou o relator.


Lista do comitê gestor da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim) classifica em médio risco, no âmbito federal, atividades como comércio atacadista de vários tipos de alimentos de origem vegetal e animal; hotéis; motéis; transporte de cargas de produtos não sujeitos à vigilância sanitária; educação infantil; ou atividades médicas sem procedimentos invasivos. A plataforma tecnológica da Redesim poderá abranger também produtos artesanais e obras de construção civil. Fonte: Agência Câmara de Notícias

 

Grupo pró-Trump promove manifestação

A polícia superou em muito os manifestantes em torno do Capitólio dos Estados Unidos no sábado (18/09), em um comício com baixa adesão promovido por apoiadores das pessoas que invadiram o prédio em 6 de janeiro em uma tentativa de reverter a derrota do então presidente Donald Trump nas eleições. Cerca de 100 a 200 manifestantes compareceram, alguns carregando as bandeiras do grupo de direita Three Percenters sobre os ombros. Foi muito menos do que as 700 pessoas que os organizadores esperavam e dos milhares que trouxeram o caos ao Capitólio em 6 de janeiro.

Fraude eleitoral...

Centenas de oficiais patrulhavam os terrenos do Capitólio e uma cerca preta de 2,5 m de altura que cercou o edifício por cerca de seis meses após o ataque foi reinstalada em antecipação ao evento. Cem soldados da Guarda Nacional estavam de prontidão. Como parte de um esforço de alguns dos apoiadores de extrema direita de Trump para reescrever a história do ataque mortal da multidão ao Capitólio que foi capturado em vídeo, orador após orador insistiu que centenas de manifestantes presos naquele dia eram "prisioneiros políticos".

Promotores e especialistas jurídicos afirmam que os casos estão sendo tratados de maneira adequada "Trata-se de justiça e tratamento desigual", disse Matt Braynard,

organizador de manifestação e defensor das falsas alegações de Trump de que sua derrota eleitoral foi resultado de uma fraude generalizada.

O bom direito

A presença de corpo estranho em alimento industrializado viola a razoável expectativa de segurança do produto e expõe o consumidor a riscos concretos em nível excedente ao socialmente tolerável. Assim, há o dever de reparar por danos morais. Nesta linha decisória, a 2ª Seção do STJ deu provimento ao recurso especial ajuizado por um consumidor que comprou quatro pacotes de arroz e, ao abri-los, constatou a presença de fungos filamentosos e esporos, insetos vivos e mortos, e ácaros.

O produto não chegou a ser consumido. Mesmo assim, o consumidor deverá ser indenizado em R$ 23,50 pelos danos materiais (valor do cereal adquirido) e outros R$ 5 mil pelos danos morais (cujo pedido reparatório era de R$ 37,5 mil). O caso é paulista e os réus são o Supermercado Veran e a Camil Alimentos S.A. (REsp nº 1.899.304).

Dólar

 

O dólar ganhou força sobre o real na sexta-feira (17/09). A aversão ao risco foi mantida nos principais mercados acionários e acabou por valorizar a divisa sobre, que mais uma vez ficou abaixo das demais emergentes. Na semana, a valorização do dólar foi de 0,28%.

 

As incertezas políticas, os atrasos nas reformas, a questão dos precatórios e, principalmente, a mudança na cobrança do Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro – IOF de 20 de setembro a até o dia 31 de dezembro ficaram no radar. A ideia do Governo Federal é subsidiar o Auxílio Brasil, programa que substitui o Bolsa Família. Ao final, no interbancário, o dólar fechou em alta de 0,33% aos R$5,282 para a venda. O turismo subiu 0,13% aos R$5,450 para a venda.

 

Ibovespa

 

O Ibovespa volta para um dos piores patamares do ano na sexta-feira (17/09). O investidor segue digerindo o ambiente doméstico, com as medidas do Governo Federal para aumento de impostos nas transações financeiras. Pesam também as incertezas quanto aos precatórios, o montante obtido na cobrança de IOF para o programa Auxílio Brasil, entre outras.

 

A cautela na China, com o setor de infraestrutura contaminado pela crise financeira da China Evergrande, também está pesando no sentimento do investidor por aqui. Entre as ações com as maiores quedas estão a Vale, Petrobras, Azul, Gerdau, Suzano, CSN, Usiminas, Braskem e Embraer. Os preços das commodities também estão operando no negativo. Os preços do minério de ferro voltaram a cair na China e quase rompendo os US$100,00 a tonelada seca. Nesta quinta-feira (16/09), o governo chinês sinalizou usar as reservas.

 

Wall Street

 

A bolsa de Nova York opera em queda na sexta-feira (17/09), com os investidores ainda analisando os dados econômicos apresentados ao longo da semana. O Federal Reserve permanece no foco central. O Dow Jones caía 0,64% aos 34.563. O S&P estava em queda de 0,79% aos 4.438. O Nasdaq caía 1,07% aos 15.021. O dia também foi de “quadruple witching” em Wall Street, em que as opções de ações individuais e futuros, e opções de índice e futuros, vencem no mesmo dia.

 

O mercado está digerindo ainda os indicadores econômicos divulgados recentemente, como as vendas no varejo avançando em agosto e revelando que os consumidores estão animados, mesmo com a pandemia de coronavírus. Esse fortalecimento ofuscou o aumento dos pedidos iniciais de auxílio- desemprego na semana passada, que mesmo com a alta de 20 mil para 332 mil está perto do nível pré-pandêmico (fevereiro de 2020).

 

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Por: Roberto Monteiro Pinho - jornalista, escritor e presidente da Associação Nacional e Internacional de Imprensa - ANI.