ROBERTO MONTEIRO PINHO
Digital Analys-influencer
ANÁLISE & POLÍTICA
Bolsonaro acena com pacificação e desmantela esquerda obcecada pela volta ao Poder
Após dias de ataques inflamados ao Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Jair Bolsonaro baixou o tom por meio de uma nota oficial nesta quinta-feira (09/09). No comunicado, o presidente disse que autoridades não têm o direito de "esticar a corda" e que não teve intenção de agredir outros Poderes.
O recuo retórico veio após caminhoneiros bolsonaristas
travarem dezenas de rodovias no país em apoio aos ataques do presidente contra
o Poder Judiciário. Bolsonaro, porém, ficou preocupado com o impacto dessa
mobilização na economia e pediu na noite de quarta-feira que seus apoiadores
liberassem as estradas.
As
escusas...
"Nunca tive nenhuma intenção de agredir
quaisquer dos Poderes. A harmonia entre eles não é vontade minha, mas
determinação constitucional que todos, sem exceção, devem respeitar", diz
o comunicado. Após chamar o ministro do STF Alexandre de Moraes de
"canalha" em discurso na Avenida Paulista durante ato em seu apoio no
feriado de 7 de setembro, Bolsonaro indicou ter se excedido.
"Por isso quero declarar que minhas palavras, por vezes contundentes, decorreram do calor do momento e dos embates que sempre visaram o bem comum", acrescentou o presidente. (texto original BBC News).
Temer
conselheiro de Bolsonaro referendou a Carta da Pacificação
Já passava das 22 horas de quarta-feira, quando, preocupado com o movimento dos caminhoneiros, o presidente Jair Bolsonaro telefonou para Michel Temer, seu interlocutor há alguns meses, pedindo conselhos. Conversaram por quase 20 minutos e Temer aconselhou o presidente a editar um documento para, por escrito, restabelecer a harmonia entre os Poderes.
Temer àquela altura já havia conversado com o ministro Alexandre de Moraes, seu amigo, a quem Bolsonaro havia chamado de "canalha" no Sete de Setembro. Temer avisou a Bolsonaro que havia conversado com Moraes e que o ministro do STF não tinha nada "pessoal" contra o governo ou contra o presidente e que suas preocupações eram jurídicas.
O precioso termo “calor do momento”
Em Brasília com um
esboço do documento divulgado pelo presidente Jair Bolsonaro, que fez
apenas "alguns ajustes". Durante a conversa com Bolsonaro, Temer foi
enfático ao dizer que o documento precisava ter "peso" e deixar de
lado os ataques pessoais e tudo o que saiu da linha institucional no
discurso de Sete de Setembro.
Foi da lavra de Temer a expressão "no calor do momento", usada na nota presidencial, e a citação direta a Alexandre de Moraes, necessária para passar a limpo os xingamentos proferidos contra o ministro do STF. "Alexandre não é inimigo dele e é preciso restabelecer a relação dos Poderes", disse Temer.
Temer conseguiu colocar Bolsonaro e Moraes em contato, no sentido de tentar restabelecer a esperada "civilidade". A conversa, porém, é mantida a sete chaves. O "bombeiro" Temer, tarimbado em paciência e diálogo na política, conseguiu esfriar o reator da República. Tanto é que, enquanto conversava com o blog, o ex-presidente foi avisado de que a bolsa voltou a subir. "Vamos olhar para o futuro. Fiz o meu papel".
Manifestação
convocada pelo MBL e VRP com presença poucos militantes
Um pequeno
grupo de Manifestantes se reuniu na manhã de domingo, (12/09), em ato pelo
impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Avenida Atlântica, em
Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Os participantes esparsos, começaram
a se concentrar na altura do posto 5, muitos vestindo branco e carregando
bandeiras do Brasil.
A
manifestação, trouxe placas com "Fora Bolsonaro", e foi convocada
pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e Vem Pra Rua (VRP) . É o primeiro protesto
pró-impeachment após os atos antidemocráticos de 7 de setembro e a divulgação
da carta na qual o presidente atribuiu ao "calor do momento" as
ameaças feitas contra o Supremo Tribunal Federal (STF).
Lula
ignorou atos do dia 12 de setembro contra Bolsonaro
Críticos
do PT dizem que a ausência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos atos
de domingo estaria relacionada, na verdade, ao interesse de manter Bolsonaro na
disputa de 2022, porque segundo os militantes, “seria um candidato mais fácil
de ser derrotado por Lula no segundo turno”.
Dentro
dessa visão, um impeachment poderia dificultar as chances de vitória petista,
já que tornaria Bolsonaro inelegível, abrindo espaço para outra liderança
chegar ao segundo turno contra o ex-presidente. Na verdade o impeachment vem
sendo usado pelos petistas e a esquerda, como meio de manter o foco político do
grupo oposicionista.
A misteriosa Síndrome de Havana
Médicos, cientistas, agentes de
inteligência e autoridades têm quebrado a cabeça para descobrir o que causa a
síndrome de Havana, uma misteriosa doença que atingiu diplomatas e espiões
americanos na capital cubana. Alguns falam em ato de guerra, outros aventam a
possibilidade de ser uma nova e secreta forma de vigilância e há quem diga que
tudo isso é coisa da cabeça das pessoas atingidas. Então, quem ou o que foi
responsável por isso?
Tudo começa com um som, um que as pessoas têm bastante
dificuldade de descrever. "Zumbido", "ruído metálico",
"gritos penetrantes" são algumas dessas tentativas.
Sons
estranhos...
Uma mulher relata um zumbido baixo e uma pressão intensa
em seu crânio; outro sentiu uma pulsação de dor. Há quem não tenha ouvido
nenhum som ou sentido calor e pressão. Mas para aqueles que ouviram o som,
tapar os ouvidos não fez diferença. Algumas das pessoas que enfrentaram essa
síndrome ficaram com tonturas e fadiga durante meses.
A síndrome de Havana surgiu pela primeira vez em Cuba, em
2016. Os primeiros casos foram entre agentes da CIA (agência de inteligência
americana), o que significa que foram mantidos em segredo. Mas, eventualmente,
a notícia se espalhou e, com ela, a ansiedade. Vinte e seis funcionários e
familiares relataram uma ampla variedade de sintomas. Houve rumores de que
alguns colegas pensavam que os doentes eram loucos e que "tudo estava na
cabeça deles". (via correspondente da Coluna em NY).
Marco Civil da Internet
A Consultoria Legislativa do Senado está
avaliando a constitucionalidade da medida provisória (MP 1.068/2021), assinada
por Jair Bolsonaro, que altera o Marco Civil da Internet (Lei 12.965, de 2014) para
limitar a remoção de conteúdos abusivos publicados nas redes sociais. De acordo
com o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco, até o início desta
semana haverá uma decisão a respeito do tema, com possibilidade ou não de
devolução da MP.
— Vai ser uma avaliação técnica, criteriosa.
Há alguns apontamentos relativamente quanto a eventuais inconstitucionalidades,
e como se trata de algo muito sério, é preciso ter uma aprofundamento técnico
de embasamento jurídico para uma decisão correta da Presidência do Congresso
Nacional — explicou.
O Marco Civil da Internet, criado para
estabelecer direitos e deveres para os usuários das redes no Brasil, foi
aprovado em 2014. O texto da medida provisória cria novas regras para a
moderação de conteúdos nas redes sociais, e determina que a exclusão, a
suspensão ou o cancelamento de contas e perfis só poderá ser realizado com
justa causa e motivação. (Agência Senado).
Uber e 99 reajustam o valor das
corridas
Usuários de corridas de
aplicativos devem se preparar: as duas maiores empresas do ramo, Uber e 99,
anunciaram na noite desta sexta-feira (10) reajuste no valor das corridas. O
motivo, segundo informaram, foi o aumento do preço dos combustíveis. Os
reajustes devem chegar a 35%.
Os reajustes procuram
compensar o aumento do preço dos combustíveis. A alta impactou os serviços de
transporte por aplicativo, uma vez que é crescente o número de motoristas que
cancela viagens cujo deslocamento não compensa, ou chega a desistir do
trabalho.
Reajuste de até 35%
No caso da Uber, o
reajuste será de até 35% para viagens UberX, a categoria mais popular do
aplicativo, na região metropolitana de São Paulo. Segundo a empresa, os ganhos
dependem do horário e do local em que o motorista atua.
Na 99, o aumento vai de
10% a 25%. Segundo a empresa, “a medida visa equilibrar a plataforma,
oferecendo mais ganhos para os parceiros e mantendo a acessibilidade do serviço
para os passageiros”. O reajuste vale para mais de 20 regiões metropolitanas,
incluindo São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Salvador. (Via Redes
Sociais).
O
risco alimentar dos carboidratos
Homens, pessoas mais jovens
e com menos escolaridade são os componentes dos grupos que consomem mais
alimentos ultra processados no Brasil. A tabulação é de uma pesquisa feita pelo
Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São
Paulo.
O levantamento usou números
e entrevistas nacionais. A pesquisa traz também uma lista dos ultra processados
mais consumidos: a margarina é a campeã, consumida por 42,6% dos entrevistados.
Em seguida aparecem os pães: o tradicional de forma, o de cachorro-quente e o
de hambúrguer, relatados por 32,8% das pessoas. Os refrigerantes são consumidos
por 27,7% dos participantes.
Briga
política na esquerda caviar
Chico Buarque entrou na
Justiça contra o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), por ter
usado, sem autorização, o nome e imagens do cantor em um vídeo que está sendo
divulgado em suas redes sociais. De acordo com o advogado João Tancredo, que
representa o cantor na ação, eles buscam a imediata retirada do material da
internet e o valor de 40 salários mínimos como indenização.
"Como o vídeo está
circulando, a gente tinha que tomar uma providência imediata. Isso espalha como
rastilho de pólvora", disse o advogado ao portal G1.
Tancredo comentou também
que Eduardo Leite fez uso político da obra e do nome de Chico Buarque sem a
autorização do artista.
"As pessoas usam a
sua imagem ou fazem ofensas em decorrência disso e acham que vai ficar tudo
bem. E não pode ser assim. Isso tem consequências. Você quer usar uma marca de
alguém sem autorização, vai ter consequência. O Chico Buarque é avesso a
processo, e ele tem toda razão. O processo é uma coisa ruim, mas tem hora que
não tem outra saída. Como a gente defende com unhas e dentes o estado
democrático de direito, o caminho é o Judiciário", completou João
Tancredo.
No vídeo, publicado às
vésperas do feriado de 7 de Setembro, Eduardo Leite comparou Chico Buarque e
Sérgio Reis por suas militâncias políticas. Há duas semanas, o cantor sertanejo
apoiador do presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido) ameaçou ministros
do STF (Supremo Tribunal Federal).
"Basta ver em Chico
Buarque e Sérgio Reis duas belezas musicais, e não só duas escolhas políticas.
Basta lembrar que nós, assim como eles, somos todos brasileiros", disse
Leite no vídeo. (informações do Portal G1).
Plágio
da música “Mulheres” rende processo contra a cantora britânica Adele
Compositor de "Mulheres",
grande hit na voz de Martinho da Vila, Toninho Geraes está movendo um processo
por plágio contra a cantora Adele. O brasileiro acusa a britância
de fazer uma "cópia
escancarada" na música "Million years ago", lançada em 2015. Na
disputa judicial, além de provar a semelhança, é preciso mostrar que o suposto
infrator teve contato com a obra. Um dos recursos da defesa, como disseram à
revista "Veja", será mostrar uma amizade da cantora com a personal
trainer paulista Camila Goodis.
O nome de Camila ficou associado ao de
Adele no início de 2020, quando a cantora surgiu em uma foto com 45 kg a menos.
A brasileira foi convidada pela imprensa a comentar sobre a dieta da britânica,
já que foi personal trainer e instrutora de pilates da artista em 2012.
Dólar
A moeda americana apontou
os indicadores das negociações para alta de 0,84%, a R$ 5,2671 na venda, também
sob o impacto da cautela dos investidores com o cenário brasileiro. Na semana, a
moeda dos EUA acumulou ganho de 1,62%, aumentando a apreciação em setembro para
1,85%. Em 2021, a cotação sobe 1,47%.
Ibovespa
O Ibovespa fechou em queda de 0,93%, a 114.285 pontos, após dias de forte volatilidade causada pela crise político-institucional brasileira. A Bolsa acumulou baixa de 2,26% na semana, que teve apenas quatro dias de pregão por causa do feriado de 7 de Setembro, na terça-feira.
A maior valorização da sexta-feira foi das ações da Méliuz (CASH3), que subiram 8,41%, a R$ 5,93, em movimento de correção após as quedas do início da semana. Os papéis da empresa registraram a maior baixa das companhias do Ibovespa na quarta-feira (8), e chegaram a ser negociadas a R$ R$ 31,20 – a sessão teve 86 das 91 ações do índice brasileiro fechando no vermelho.
O risco político dos últimos dias, somado à alta da inflação, vista no avanço de 0,87% do IPCA de agosto divulgado na quinta (9), e à paralisação de caminhoneiros, tem prejudicado o desempenho das ações das varejistas. O Magazine Luiza (MGLU3)e a Via (VIIA3), ex-Via Varejo, fecharam o dia entre as maiores quedas, com recuos de 8,86% e 5,05%, respectivamente.
Wall Street
Em
Wall Street, os índices fecharam no vermelho, mas se mantêm em patamares
historicamente altos. O Dow Jones recuou 0,78%, a 34.607 pontos, e o S&P
500 teve baixa de 0,77% a 4.458 pontos. O Nasdaq, por sua vez, caiu 0,87%
a 15.115 pontos, puxado pelas ações da Apple (AAPL),
que fecharam em baixa de 3,31%.
A gigante de tecnologia perdeu uma ação antitruste e não poderá mais proibir aplicativos de incluir links, ou mesmo informações aos seus usuários, para que comprem ou assinem itens digitais fora da sua App Store.Uma conversa entre o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o dirigente chinês, Xi Jinping, animou os mercados no início desta sexta (10). No entanto, os temores sobre a disseminação da variante Delta seguem pesando sobre as Bolsas norte-americanas.
Imagem: Agência Senado
Por:
Roberto Monteiro Pinho - jornalista, escritor e presidente da Associação
Nacional e Internacional de Imprensa - ANI.