ANÁLISE & POLÍTICA
ROBERTO MONTEIRO PINHO
Digital Analys-influencer
Bolsonaro segue liderando a corrida presidencial para 2022
Pesquisa do Ipespe em parceria com a Xp Investimentos divulgada na segunda-feira (8) apontou que o presidente Jair Bolsonaro segue na liderança de intenções de voto, com 28% do total. A pesquisa foi realizada entre os dias 2 a 4 de fevereiro com 1.000 pessoas de todo o Brasil. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.
De acordo com o levantamento, Bolsonaro segue na liderança com 28%, seguido por Sergio Moro (12%), Fernando Haddad (12%) e Ciro Gomes (11%). Na sequência aparece Luciano Huck com 7%, Guilherme Boulos tem 6%, João Doria 4%, Amoêdo 3% e Mandetta 3%.
No segundo turno Moro estaria com 36%
Já em simulações de segundo turno, Bolsonaro só seria derrotado pelo seu ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, que teria 36% das intenções de voto contra 32% do atual presidente. Contra os outros nomes, Bolsonaro derrotaria todos: Ciro Gomes (39% a 37%), Luciano Huck (37% a 33%), João Doria (37% a 30%), Fernando Haddad (41% a 36%) e Guilherme Boulos (42% a 31%).
A
“Torre de Babel” dos tucanos
O governador paulista João Doria e o ex-governador Geraldo Alckmin almoçaram no dia 3 de fevereiro na sede do governo no Morumbi. No cardápio a pretensa candidatura de Dória a presidência, lançada individualmente e prematuramente sem consultar a cúpula do PSDB. Para Alckmin a candidatura de Doria a presidência abre caminho para ele concorrer pela quarta vez ao governo do Estado
.
Matéria
publicada na Folha de São Paulo indica que “O convite para o almoço partiu de
Doria, e a ideia foi manter a aproximação para que a decisão sobre 2022, quando
tiver que ser feita, seja mais negociada e menos traumática. Na ocasião,
Alckmin falou sobre a importância de que o PSDB manter o Governo de São Paulo
em 2022 para que o partido preserve sua relevância nacional, considerando que a
sigla decepcionou em estados como Rio de Janeiro e Minas Gerais”.
Frente contra Bolsonaro
Enquanto
aliados de Alckmin viram na fala uma defesa de sua própria candidatura. No dia
8 de fevereiro, o presidente do PSDB Bruno Araújo em reunião com tucanos regeu
enfático para manter um movimento de oposição declarada a Bolsonaro. Enquanto
isso é latente que Geraldo Alckmin seja simpático ao projeto político de João
Dória.
Segundo fonte do partido, o objetivo de
Alckmin usa essa estratégia, e tentar voltar para o Palácio dos Bandeirantes,
buscando um quarto mandato a frente do executivo paulista.
Maia
pode embarcar no PSDB
As chances de Alckmin dependem da
migração ou não do vice - governador Rodrigo Garcia para o PSDB. Com a implosão
no DEM após a eleição para a presidência da Câmara, as portas do PSDB foram
abertas para o vice de Doria e para Rodrigo Maia (DEM-RJ).
O idílio político por Alckmin ao Governo
de São Paulo se tornou estratégico já que o DEM se aproximou do presidente Jair
Bolsonaro (sem partido) e pode não embarcar na candidatura de Doria, o que
enfraquece a aliança entre governador e vice como contrapartida.
Senado
americano não aprovou o Impeachment do ex-presidente Donald Trump
O ex-presidente americano Donald Trump foi novamente absolvido pelo Senado no sábado (13/2), em seu segundo julgamento de impeachment. Após 43 senadores votarem "não culpado", ficou claro que não seria alcançada a margem mínima de 67 votos (dois terços da Casa) para condenar o ex-presidente, acusado de incitar a insurreição contra o Capitólio americano no dia 6 de janeiro, quando legisladores estavam reunidos para certificar a vitória do presidente Joe Biden. Trump nega. A invasão deixou cinco mortos.
Portas abertas para a candidatura em 2024
No total, 57 senadores votaram pela condenação do ex-presidente, incluindo sete republicanos. Trata-se do maior apoio bipartidário para a condenação de um presidente em todos os casos existentes na história americana - assim, Trump torna-se o presidente que recebeu mais votos pró-condenação dentro de seu próprio partido.
Acusações de impeachment são políticas, e não criminais. Uma absolvição basicamente significa que o Senado não encontrou causa para a remoção do presidente - no caso de Trump, que já não ocupa mais a Casa Branca, o efeito prático de uma condenação poderia ser a perda de direitos políticos. Trump pode, portanto, voltar a se candidatar em 2024, se assim quiser.
O fantasma de Trump assombra Biden e democratas
Eleito com uma plataforma de
união dos americanos e superação da divisão no país, o presidente Joe Biden tem
sido reiteradamente cobrado pelos republicanos a buscar políticas com apoio
bipartidário. A nova administração, no entanto, já demonstra impaciência com a
dificuldade de negociar com os opositores.
Exemplo disso é o pacote
emergencial contra os efeitos da pandemia: Biden propôs injetar quase US$ 2
trilhões na economia americana em um plano entregue ao Congresso em seu
primeiro dia na Casa Branca. Republicanos, no entanto, apresentaram
contra-proposta que representava apenas um terço desse valor.
Biden, cujo partido tem
maioria na Câmara e no Senado, deu sinal verde aos seus correligionários para
seguirem em frente com a aprovação do pacote original mesmo sem o endosso dos
republicanos.
A
internet insegura/Vazamento de dados de assinantes
Um novo vazamento de dados
na internet pode ter exposto mais de 100 milhões de contas de celular neste mês
de fevereiro, segundo o dfndr lab, da empresa de cibersegurança PSafe. Entre as
informações vazadas estão o número de celular do presidente Jair Bolsonaro e da
apresentadora Fátima Bernardes. A informação foi divulgada inicialmente pelo
site NeoFeed e confirmada pelo Estadão.
Segundo a PSafe, os dados
estavam disponíveis para a compra na dark web desde o dia 3 de fevereiro deste
ano, e incluíam informações como CPF, número de celular, tipo de conta
telefônica, minutos gastos em ligação e outros dados pessoais.
Claro
e Vivo envolvidas
Ao todo, 102.828.814 contas
foram vazadas e, a princípio, acredita-se que pertencem a usuários das
operadoras Claro e Vivo As duas empresas afirmaram, em nota ao NeoFeed, que
desconhecem falhas no sistema e vazamento de informações de clientes das
operadoras.
– A Vivo reitera a
transparência na relação com os seus clientes e ressalta que não teve incidente
de vazamento de dados. A companhia destaca que possui os mais rígidos controles
nos acessos aos dados dos seus consumidores e no combate à práticas que possam
ameaçar a sua privacidade – disse a operadora, em nota.
O celular de Bolsonaro
A Psafe confirmou que dados
do presidente Jair Bolsonaro estavam inclusos no vazamento, com informações
como número de celular, valor da conta telefônica, minutos gastos por dia, CPF
e data de nascimento. Os mesmos dados da apresentadora Fátima Bernardes também
estariam disponíveis, além do jornalista William Bonner. A PSafe não confirmou
se existem dados de outras autoridades no pacote.
Fora do Brasil, o criminoso
estaria vendendo as informações individualmente ou por pacotes, inicialmente ao
valor de 1 dólar (R$ 5,39) cada, mas com preços ainda menores se os dados
fossem adquiridos em grande quantidade. O hacker ainda afirmou à empresa de
cibersegurança que possui informações de 57,2 milhões de contas telefônicas da
Vivo e de 45,6 milhões de contas da Claro. A PSafe também informou que vai
entrar em contato com a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) para
que uma investigação sobre o caso seja conduzida.
Investigação
apura se existe conexão entre os dois casos
O caso acontece menos de um
mês após o megavazamento de dados de 223 milhões de CPFs, 40 milhões de CNPJs e
104 milhões de registros de veículos. Ainda não está clara a conexão entre os
dois casos, mas os novos dados não estão sendo comercializados no mesmo fórum
do primeiro vazamento.
No primeiro vazamento, o
hacker já havia disponibilizado telefones de 159 milhões de pessoas e de 28
milhões de empresas. Também não é possível saber se o novo vazamento reciclou
dados do primeiro.
Dados
são negociados no mercado
Em
22 de janeiro o site de tecnologia “Tecnoblog” noticiou a detecção de
um vazamento enorme de dados pessoais de 220 milhões de brasileiros
(incluindo pessoas mortas) e que esse conjunto de dados pessoais estava sendo
oferecido em fórum de internet para venda.
O
“vendedor” dos bancos de dados oferecia nesse fórum, gratuitamente, uma
“amostra” do banco de dados que estaria disponível para a venda.
Entre
outros dados disponíveis, estavam todos os chamados dados cadastrais (nome,
CPF, gênero, data de nascimento), além de nome do pai, nome da mãe, estado
civil, vínculo familiar, e-mail, telefone, endereço: ainda dados de
escolaridade, ocupação, emprego, salário, renda, classe social, poder
aquisitivo, numeração de todos os documentos, incluindo fotos de rostos
de 1.176.157 pessoas.
Sem carnaval...
O carnaval é considerado a maior comemoração
popular do país. É o momento esperado por muita gente para viajar e aproveitar
intensamente a folia. A tradição brasileira reúne multidões em diversas
cidades – cenário perfeito para a transmissão generalizada do novo coronavírus. A questão sanitária resultou no
cancelamento da festa deste ano. Mas o prejuízo causado pelo cancelamento não
se resume à saudade da folia.
O carnaval movimenta a economia brasileira e é, em muitos pontos turísticos, o
ápice de arrecadação anual e a maior oportunidade de novos negócios para micro,
pequenos e médios empresários. Sem a festa, o jeito foi apelar para outros
atrativos das cidades e tentar garantir pelo menos uma ocupação razoável dos
hotéis para tempos de pandemia.
Queda brutal na arrecadação
Com
a festa suspensa, trabalhadores de diversos setores que se apoiam nesta época
do ano na movimentação comercial gerada pelo turismo e pelo consumo do carnaval
buscam alternativas e apoio do governo para mitigar o impacto das perdas
financeiras, inevitáveis diante do risco de intensificação da proliferação do
novo coronavírus.