ANÁLISE &
POLÍTICA
ROBERTO MONTEIRO PINHO
Clima tenso por causa do aumento do Diesel
O presidente Jair Bolsonaro visitou no domingo, (14) o vice-presidente
Hamilton Mourão, no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice. Na saída do
Palácio da Alvorada, onde mora, Bolsonaro fez uma parada-relâmpago para
cumprimentar e tirar fotos com cerca de 20 pessoas que estavam no local, entre
turistas e moradores da capital. Nesse momento, jornalistas
perguntaram sobre a interferência dele no reajuste do diesel, ao telefonar para
o presidente da Petrobras e pedir o cancelamento do aumento de 5,7%.
Paulo Guedes...
Ele foi questionado também sobre a declaração do ministro da Economia, Paulo Guedes, à imprensa, um dia depois desse telefonema, de que era possível "consertar" algo que não seja "razoável" para a economia. Bolsonaro entrou no carro novamente e seguiu sem falar com os repórteres. Ainda enquanto tirava fotos e cumprimentava as pessoas, Bolsonaro ouviu elogios e o comentário de um dos visitantes de que era importante reduzir a máquina do Estado.
Ele foi questionado também sobre a declaração do ministro da Economia, Paulo Guedes, à imprensa, um dia depois desse telefonema, de que era possível "consertar" algo que não seja "razoável" para a economia. Bolsonaro entrou no carro novamente e seguiu sem falar com os repórteres. Ainda enquanto tirava fotos e cumprimentava as pessoas, Bolsonaro ouviu elogios e o comentário de um dos visitantes de que era importante reduzir a máquina do Estado.
Repórter pergunta “quem
manda no governo”
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno
Ribeiro, acompanhou o presidente na visita a Mourão, que durou uma hora e meia.
O vice-presidente está de repouso após ter feito uma punção para aliviar uma
tendinite no cotovelo direito.
Na volta ao Alvorada, no começo da tarde, ele
novamente parou em frente à portaria para cumprimentar visitantes e, mais uma vez,
preferiu não conversar com os jornalistas, que insistiram na questão do preço
do diesel. Um repórter chegou a perguntar: "quem manda no governo: o
presidente ou o ministro Paulo Guedes?". A cerca de dois metros dos
jornalistas, Bolsonaro continuou tirando fotos.
Governo têm Dificuldade para prosseguir com a Reforma da Previdência.
O governo continua com as mesmas
dificuldades para conseguir que o texto passe sequer da primeira fase, na
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Desde os primeiros
momentos, o obstáculo principal é a questionada articulação política entre
Planalto e Congresso. Agora, o descontentamento tem sido evidenciado pela atuação
dos congressistas, sobretudo do Centrão, na CCJ: nenhum interesse em defender a
matéria e, nos últimos dias, uma pressão forte para que a pauta fique atrás de
temas bem menos relevantes para o governo.
Apesar de reconhecer que a articulação “não está 100%”, o
presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR), se encontra confiante de que
as reuniões que Bolsonaro tem feito com lideranças partidárias surtam efeito na
votação do parecer da reforma. Para o parlamentar, o trabalho de articulação
feito “corpo a corpo” com os deputados, sobretudo com os membros da comissão,
vai ajudar no mapeamento de votos pela admissibilidade do projeto na Casa.
“Esse foi o primeiro projeto entregue pelo governo. Mesmo positivo, é polêmico.
A construção de uma base aliada é difícil”, explicou.
Na CCJ...
O andamento
da matéria na CCJ foi difícil desde o início, com a busca por alguém disposto a
relatá-la, o que não foi fácil de conseguir. A falta de diálogo resultou em
outro nome do partido de Bolsonaro: delegado Marcelo Freitas (PSL-MG). Desde a
leitura do parecer, na última terça-feira, até os deputados que poderiam
integrar a base de apoio do governo têm se mobilizado para obstruir a discussão.
A fim de aprovar o relatório, eles têm negociado como moeda de troca outras
pautas de interesse do grupo, como o Orçamento impositivo, que obriga o
pagamento de emendas que poderiam ser adiadas.
Mesmo com a reação dos parlamentares, o
líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), ressalta que o início da
discussão sobre o parecer começa, “com certeza”, na segunda-feira e a votação
será mantida para terça-feira, apesar das tentativas do centrão de inverter a
pauta. A demora para analisar o texto atrapalha também a escolha dos nomes que
farão parte da comissão especial, que analisa o mérito da reforma. Waldir
explica que os partidos esperam pelo fim dos trabalhos na CCJ para que Maia
crie a comissão especial.
Aprovação
é apenas um passo...
Mesmo que a admissibilidade
da PEC seja aprovada pela CCJ, a fase potencialmente mais demorada é a que vem
depois, na comissão especial. O segundo colegiado avalia o conteúdo e o mérito
de cada item da proposta. É nessa etapa que os deputados apresentam as emendas,
que são sugestões de mudanças no texto. A tramitação também pode demorar na
comissão especial porque, nessa etapa, são feitas muitas audiências públicas e
seminários com especialistas, representantes do governo e outras autoridades no
assunto.
No
governo Temer...
Antes de apresentar o primeiro parecer,
o relator da reforma de Temer, deputado Arthur Maia (DEM-BA), ouviu 65
expositores, em 15 audiências públicas e um seminário internacional. PECs
grandes, como a da reforma da Previdência, costumam ser alvo de dezenas ou até
centenas de emendas. A de Temer, por exemplo, recebeu 164 sugestões de
mudanças.
FHC
e Lula
As anteriores, dos ex-presidentes Luiz
Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso, reuniram, respectivamente, 82
e 457. Os deputados podem apresentá-las nas 10 primeiras sessões do plenário
após a instalação do colegiado.
Os números são expressivos quando se
avalia que, para protocolar uma emenda, é preciso que ela tenha a assinatura de
um terço dos deputados (171). Alguns temas já são alvos certos de sugestões,
adiantados por parlamentares da base aliada, do Centrão e da oposição: as
mudanças no BPC e na aposentadoria rural, a proposta de capitalização e a
retirada das regras previdenciárias da Constituição são apenas alguns dos
assuntos que serão abordados.
Doria quer pesquisa
para mudar o nome do PSDB
Maior liderança tucana hoje, o governador de São Paulo, João Doria,
disse que o PSDB encomendou uma pesquisa para avaliar entre outras coisas a
possibilidade de uma mudança no nome do partido.
"Nós vamos estudar. Defendo que façamos uma pesquisa a partir de
junho. Já está previsto, inclusive. E que esta ampla pesquisa nacional avalie
também o próprio nome do PSDB", disse Doria, neste domingo, 14, depois de
participar da convenção municipal do PSDB de São Paulo.
Partido se diz do “centro”
A possibilidade de troca do nome de um dos mais tradicionais partidos
políticos do Brasil foi revelada pela Coluna do Estadão. Segundo Doria, a
reavaliação dos rumos do PSDB não representa uma guinada à direita abandonando
o legado social-democrata tucano, como temem algumas lideranças históricas da
legenda.
"O caminho do PSDB deve valorizar a sua história mas entender também a dinâmica de um país que evolui no tempo e no espaço. Hoje o PSDB caminha para ser um partido de centro com respeito à esquerda e à direita com definições claras em suas políticas sociais mas também liberal na política econômica", disse Doria.
"O caminho do PSDB deve valorizar a sua história mas entender também a dinâmica de um país que evolui no tempo e no espaço. Hoje o PSDB caminha para ser um partido de centro com respeito à esquerda e à direita com definições claras em suas políticas sociais mas também liberal na política econômica", disse Doria.
Nomeações de cargos
A convenção municipal dos tucanos paulistanos elegeu o sociólogo Fernando Alfredo, o Fernandão, chefe de gabinete da subprefeitura de Pinheiros e militante oriundo da base do partido, para presidir o diretório municipal do PSDB. Aos gritos de "1, 2, 3 é Covas outra vez" o PSDB fez o primeiro gesto explícito em direção à reeleição do prefeito Bruno Covas, que participou da convenção.
A escolha não teve disputa. Ao longo da semana caciques tucanos fecharam um acordo para formação de uma chapa única na qual Covas indicou o presidente e Doria o secretário geral, Wilson Pedroso, além do tesoureiro-geral, o secretário municipal da Casa Civil, João Jorge.
A convenção municipal dos tucanos paulistanos elegeu o sociólogo Fernando Alfredo, o Fernandão, chefe de gabinete da subprefeitura de Pinheiros e militante oriundo da base do partido, para presidir o diretório municipal do PSDB. Aos gritos de "1, 2, 3 é Covas outra vez" o PSDB fez o primeiro gesto explícito em direção à reeleição do prefeito Bruno Covas, que participou da convenção.
A escolha não teve disputa. Ao longo da semana caciques tucanos fecharam um acordo para formação de uma chapa única na qual Covas indicou o presidente e Doria o secretário geral, Wilson Pedroso, além do tesoureiro-geral, o secretário municipal da Casa Civil, João Jorge.
Maduro corta sinal de TV
alemã
O canal de televisão alemão da Deutsche Welle (DW),
em espanhol, teve seu sinal cortado neste fim de semana na Venezuela, por ordem
da entidade reguladora do governo do presidente Nicolás Maduro. O motivo para o
bloqueio da transmissão não foi informado pelas autoridades. O diretor-geral da
DW, Peter Limbourg, exigiu do governo venezuelano que restaure o sinal do
canal. A Conatel é a instância que regula e exerce o controle sobre as
telecomunicações na Venezuela.
Emissora foca crise
venezuelana
Pessoas
gostam de ver suas fotos nas redes sociais
O uso das redes sociais parece estar relacionado
com preocupações com a imagem do corpo. Uma revisão sistemática de 20 artigos
publicados em 2016 identificou que atividades baseadas em fotos, como rolar a
tela do Instagram ou postar fotos de si mesmo, são particularmente
problemáticas quando acompanhadas de pensamentos negativos sobre o próprio
corpo.
Mas há muitas maneiras diferentes de usar as redes
sociais - você está apenas consumindo o que os outros publicam, ou você está
editando e fazendo o upload de selfies? Você está seguindo amigos próximos e
familiares, ou uma lista imensa de celebridades e influenciadores?
As pesquisas indicam que as pessoas com quem nos
comparamos são a chave para a questão. "As pessoas estão comparando suas
aparências às das pessoas nas imagens do Instagram, ou em qualquer plataforma
em que elas estejam, e muitas vezes acabam se julgando inferiores", diz
Jasmine Fardouly, pesquisadora de pós-doutorado da Universidade Macquarie em
Sydney, Austrália.
Pesquisa
permite avaliar comportamento
Em uma pesquisa com 227 universitárias, as mulheres
relataram que tendem a comparar negativamente a própria aparência com as de
amigas distantes e com celebridades, mas não com membros da família, enquanto
navegam no Facebook. O grupo de comparação que tinha a ligação mais forte com
as preocupações com a imagem corporal era o de amigas distantes ou conhecidas.
Fardouly relaciona isso ao fato de as pessoas
apresentarem uma versão unilateral de suas vidas online. Se você conhece bem
uma pessoa, saberá que ela está mostrando apenas seus melhores lados, mas se
ela for apenas uma "conhecida", você não terá nenhuma outra
informação para avaliar aquelas imagens.