ANÁLISE & POLÍTICA
ROBERTO MONTEIRO PINHO
Digital Analys-influencer
USA:
Efeito Lula e o caso de corrupção do ex-presidente da Braskem
José Carlos Grubisich, ex-presidente da
Braskem e da Eldorado Celulose, personagem também da Lava-Jato, está preso em
Nova York desde o fim de 2019. Esta semana ele resolveu falar “tudo o que sabe”
e se declarou culpado de vários crimes diante da Justiça da grande cidade
estadunidense.
Grubisich participou de uma audiência em que
assumiu ter participado de um esquema de desvio de US$ 250 milhões da Braskem
(controlada pela Odebrecht e Petrobras) para o exterior e de subornar
autoridades do governo brasileiro e políticos. Ele presidiu a Braskem até 2008
e depois integrou o conselho da empresa.
Os milhões de dólares foram desviados
para offshores controladas
pela Braskem. Seus crimes confessos ocorreram entre 2002 e 2014, de acordo com
a Justiça de Nova York. Grubisich admitiu ter pago propinas em troca de
contratos na área petroquímica da Braskem com a Petrobras.
Ele se comprometeu a pagar US$ 2,2 milhões à
Justiça americana. Mas nem o pagamento deve livrá-lo da prisão. Em agosto, a
sentença de Grubisich será conhecida.(fonte: Espaço Vital).
Balanço
da perseguição a jornalistas em 2020
Segundo dados do Fórum Social Mundial, o ano
de 2020 foi o mais violento, desde o começo da década de 1990. Foram 428 casos
de ataques – incluindo dois assassinatos – o que representa um aumento de
105,77% em relação a 2019, ano em que também houve crescimento das violações à
liberdade de imprensa no país.
Foram registradas ocorrências com agressões
verbais, ataques virtuais, com o crescimento de 280% em 2020 em comparação com
o ano anterior, quando foram registrados 76 casos.
O aumento foi bastante expressivo ainda nas
categorias de censuras (750% a mais), quando os jornalistas passaram a ser
agredidos por populares e houve aumento nos casos de agressões físicas e de
cerceamento à liberdade de imprensa por ações judiciais, o que também é muito
preocupante na avaliação da Federação, afirma a presidenta.
2022:
Temer é candidato apostando na rejeição de Bolsonaro e Lula
Absolvido
em primeira instância em dois processos que poderia deixá-lo inelegível por
oito anos, o ex-presidente Michel Temer já está azeitando sua máquina de
campanha para entrar na disputa presidencial do ano que vem como opção de
terceira via. Segundo a coluna apurou o clima é propício com polarização
que marcou a escolha do eleitor nas últimas décadas, em entre PT e PSDB.
Temer
aguarda o convite de partidos aliados, e existe conversa com todos do Centrão.
Sua equipe vai produzi-lo como candidato de centro para atrair o eleitor que
não quer votar em Bolsonaro ou Lula. Como tudo na política é visibilidade, no
pior das hipóteses marcará presença nas eleições.
Brasil
lidera piora do bem-estar-mental
Pesquisa do instituto Ipsos, encomendada pelo Fórum
Econômico Mundial e cedida à BBC News Brasil, 53% dos brasileiros declararam
que seu bem-estar mental piorou um pouco ou muito no último ano. Essa
porcentagem só é maior em quatro países: Itália (54%), Hungria (56%), Chile
(56%) e Turquia (61%).
"A gente já havia percebido isso em outra pesquisa global que fizemos em março do ano passado, quando 41% dos brasileiros relatavam ter sintomas como ansiedade, insônia ou depressão já por consequência da pandemia", diz à BBC News Brasil Helena Junqueira, gerente de pesquisas digitais do Ipsos.
Em meio à devastação causada pela covid-19 no país e a necessidade de isolamento social, "a percepção é de que a saúde mental das pessoas está piorando, e além disso o tema se tornou mais discutido recentemente. É um assunto mais presente", prossegue Junqueira.
O Brasil no ranking mundial da vacinação
No ranking da proporção da população que recebeu duas doses, o Brasil (2,4%) aparece em 56º no mundo e 8º na América. Até o dia 06/04, o Brasil havia aplicado pelo menos uma dose em 8,4% da população brasileira. Isso coloca o país em 68º lugar no ranking de 166 nações e territórios.
Na América, o Brasil figura em 12º lugar. O país mais bem
posicionado do continente é o Chile, que aplicou pelo menos uma dose em 37% da
população. E mesmo com o avanço expressivo da vacinação por lá, o país
sul-americano também tem enfrentado um colapso no sistema de saúde, o que
indica que a contenção da pandemia precisa ser associada a medidas eficazes de
distanciamento social e uso universal de máscaras capazes de evitar a infecção.