ANÁLISE & POLÍTICA
ROBERTO MONTEIRO PINHO
Presidente
não devia indicar ministros
A indicação de Alexandre de
Moraes para o Supremo Tribunal Federal teve o dedo, nada menos do que do
ministro Celso de Mello. Ele foi importante na indicação. Por todos os argumentos é um
formato que não poderá mais existir no seio da Republica. Repete-se no tribunal
o quadro de desalento que está sendo passado para a sociedade. É o que ocorre
nas Cortes do país (leia-se: TST, STJ e nos tribunais estaduais federais e
estaduais).
A indicação de Moraes para o
STF, mais uma vez veio pela caneta de um presidente, cabendo a Michel Temer a
singela tarefa. Com Alexandre de Moraes,
o Supremo passa a ser mais um ator nas negociações políticas e menos um
tribunal que aguardará a política se desenrolar no Executivo e Legislativo para
então entrar em jogo se acionado. O detalhe temeroso decorre de sua filiação
partidária ao PSDB e do fato de ser um ministro do governo Temer. O ministro
Dias Tofolli foi advogado do PT, e desde então, estamos refém do sistema que
alicerça a alta cúpula do país. A Suprema Corte é que decide em última
instância os revezes da nação.
A
história se repete...
Outros políticos e
integrantes do governo chegaram ao STF: Paulo Brossard e Nelson Jobim seguiram
o mesmo caminho, saindo do Ministério da Justiça e seguindo direto para o
Supremo. Outros ministros saíram de outros cargos do Executivo para o tribunal:
Hermes Lima, Evandro Lins e Silva, Célio Borja, Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Dias Toffoli. E havia outra categoria de ministros que forjaram suas carreiras
na política antes de alçarem ao Supremo: Oscar Corrêa, Leitão de Abreu, Aliomar
Baleeiro, Maurício Corrêa e, novamente, Brossard e Célio Borja.
A
Lava jato estará indo para a fundo da gaveta?
Lembrando da Operação Lava Jato,
é uma incógnita, desde a anistia do “caixa 2”, a prescrição, isso tudo está na
mesa dos que pensam em safar os criminosos.
Cunha poderia delatar o que sabe...
Cunha poderá delatar 150 deputados, 14 ministros do STJ e 2 ministros do
STF
Bem lembrado o então
deputado e presidente da Câmara Eduardo Cunha avisou: Se cair,
será atirando para todo lado e poderá levar com ele cerca de 150
deputados, além de um ministro e um senador”. No lista de Cunha estão: 150 deputados,14
ministros do STJ e 2 ministros do STF. O Estadão já deu essa notícia, (bem
lembrado).
Site detona...
O bem informado site Antagonista divulgou que
14 ministros do STJ, dois ministros do STF, um grupo de frigoríficos, quatro
grandes bancos, dois advogados e caciques do PMDB e do PT serão denunciados. No
bolo da delação, Cunha e Funaro prometem indicar contas bancárias em cinco
paraísos fiscais, incluindo Bélgica e Emirados Árabes.
A
rejeição de Moraes
Um abaixo-assinado elaborado pelo
Centro Acadêmico XI de Agosto, da Faculdade de Direito da USP, coletou 170 mil
assinaturas, até agora, que pedem que o Senado rejeite a indicação de Moraes
para a vaga de Teori Zavascki. Além disso, estão sendo mobilizadas
manifestações contra ele em algumas capitais do país. O novo ministro foi
nomeado nesta segunda-feira (6), pelo presidente Michel Temer (PMDB). O
movimento que encabeça a revolta contra o novo ministro não é partidário, está
ligado a uma tremenda rejeição ao que representa Moraes, principalmente no que
se refere à péssima gestão no Ministério da Justiça. Centros acadêmicos,
movimentos sociais e entidades jurídicas estão levando a público o repúdio a
esta nomeação.
Em São Paulo sua permanência na Justiça foi marcada pela violência
Além do seu histórico de violência, sob
responsabilidade de chacinas que ocorreram no Estado de São Paulo durante o
período em que ele esteve no cargo de secretário de Segurança Pública
do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), no seu curto período
como ministro da Justiça ele foi capaz de ostentar sua postura conservadora e
pouco eficiente. Essa não é a primeira
vez que um ministro do STF tenha filiação com partidos políticos. Mas foi a
conjuntura em que e Alexandre de Moraes vem a ocupar esse cargo, gerou ainda
mais polêmica e revolta.
A greve da policia tem suas razões...
Terminou sem acordo a greve dos
policiais do estado do Rio de Janeiro. A reunião foi entre o comando da Polícia
Militar do Rio de Janeiro e as mulheres dos policiais do Estado. Representantes
do Ministério Público que participaram do encontro, que reuniu cerca de 40 pessoas
e durou três horas.
No estado do Espírito Santo, onde teve
início os primeiros movimentos por melhorias para a categoria – terminou sem
acordo.
“Movimento
não vai parar”
Na
sexta-feira (10) os portões de diversos batalhões e companhias da PM no Estado,
foram bloqueados de modo a impedir a saída de viaturas para o patrulhamento nas
ruas. O movimento é semelhante ao que ocorre no Espírito Santo. Na saída da
reunião, que ocorreu no fim da tarde de sábado (11), as mulheres disseram que
não houve acordo sobre elas deixarem os batalhões. “Não houve negociação. Eles
não podem resolver os nossos problemas.
Redes sociais estão cobrindo
os acontecimentos
O
que veiculou na rede social: Precisamos de medidas urgentes, de uma pauta que
funcione para os nossos, policiais porque eles estão sofrendo todos os dias. O nosso
movimento não vai parar” - alertam.
Destaque para as redes sociais, onde usuários
postam imagens e vídeos com a hashtag #ESpedesocorro exibindo como está a
situação no Espírito Santo e pedindo ajuda para as autoridades.
Espírito Santo
De acordo com informações do
jornal FolhaVitoria, “vários familiares de policiais militares realizam
protestos em frente aos batalhões da Polícia Militar (PM) do Espírito Santo
desde a última sexta-feira (5). Os manifestantes mantém a saída de viaturas e
de policiais das unidades bloqueadas e exibem cartazes com pedidos de reajuste
salarial, pagamento de auxílio-alimentação, periculosidade, insalubridade e
adicional noturno.” No diálogo, segundo bloguistas que cobrem os
acontecimentos, não logrou êxito por absoluta falta de objetividade. “às vezes
saiam até fora do foco principal do problema”.
95,4 de
brasileiros tinha acesso à internet
Segundo a Pesquisa Nacional Por
Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE), publicada no G1, “mais da metade dos domicílios
brasileiros passou a a ter acesso à internet em 2014. O IBGE indicou
ainda que a quantidade de internautas chegou a 54,4% das pessoas com mais de 10
anos em 2014. São 95,4 milhões de brasileiros com acesso à internet“.
De acordo com o IBGE, “apesar
de ter ampla presença nos lares brasileiros, os PCs estão sendo deixados de
lado. De 2013 para 2014, caiu de 78,3 milhões para 76,9 milhões o número de
pessoas que usavam computadores para acessar a internet. O maior índice de uso
da internet foi encontrado entre as casas com renda per capita de mais de cinco
salários mínimos: 88,9% eram conectadas“.